
Enxaqueca tem tratamento: apresentamos novos caminhos!
As crises de enxaqueca podem interferir na rotina de trabalho e nas relações sociais2. Saiba como buscar ajuda e viver melhor!
Viver com enxaqueca não é nada fácil. Pelo contrário. As crises interferem na rotina, causando limitações para fazer tarefas simples, como trabalhar e estudar. E as crises, que podem durar dias, afetam o corpo de diferentes formas, tendo efeitos na visão e condição motora1.
De acordo com a Classificação Internacional de Cefaleias, a enxaqueca possui dois subtipos principais: a síndrome sem aura e com aura1. Ambas causam desconfortos da região da cabeça, mas despertam diferentes sintomas que abordaremos em breve.
Os desafios impostos pela enxaqueca são complexos, porém, eles realmente precisam ser assim? E as decisões para controlar os sintomas da doença? O quanto elas podem afetar a vida social e o próprio bem-estar?
Alguns tratamentos e mudanças de hábitos podem ajudar no controle das dores. Todavia, uma conversa franca com um especialista é essencial para diagnosticar e controlar a enxaqueca.
Quais são os impactos da enxaqueca na vida pessoal?
Quem já teve enxaqueca, sabe. Ela é imprevisível. Quando surgem os primeiros sintomas, haverá impactos no que já havia sido planejado para as próximas horas. Estamos falando de limitações físicas, como fadiga, náuseas e dor intensa na cabeça, mas também de reflexos emocionais, que afetam as relações sociais3.
Vamos entender mais sobre como a doença interfere na rotina, qual o caminho para buscar ajuda e entender os primeiros passos.
Relacionamentos pessoais
Lidar com quadros de fadiga e náusea são comuns durante a enxaqueca3. Além de afetar o próprio portador, os familiares, amigos e companheiros podem ter de acolhê-lo2. Entretanto, nem sempre há uma abertura por parte de quem sofre com a doença em compartilhar os desafios, por conta da frustração e autoestima.
Saiba que explicar para amigos e entes queridos sobre a condição permite que eles possam ajudar e entender quando houver ausências e alteração de comportamento. Faça de quem está próximo uma rede de apoio2.
Trabalho e carreira
Entre os sintomas atrelados à enxaqueca estão os reflexos na mobilidade, fala e na visão1. Por esta razão, os portadores acabam tendo diminuição da produtividade no trabalho, decorrente também do estresse desencadeado pelo risco de perder o emprego4.
A busca de um tratamento eficaz ou a criação de programas no local de trabalho para diagnosticar e tratar a enxaqueca são essenciais para controlar os sintomas e diminuir o impacto na área profissional4.
Relação com a família
Durante os sintomas causados pela enxaqueca, os pais e responsáveis acabam tendo que se afastar de eventos e atividades familiares. O controle dos desconfortos contribui para que os relacionamentos familiares não sejam afetados2.
De acordo com um estudo, entre 62% e 69% dos entrevistados sentem que a enxaqueca impacta as atividades com os filhos e parceiros5.
Como tratar a enxaqueca?
Se você sofre com a enxaqueca, provavelmente já tentou diferentes métodos para melhorar os sintomas, sejam eles medicamentos, remédios caseiros e holísticos6.

Todavia, a automedicação e certas terapias podem ser prejudiciais, ainda mais se houver outros problemas de saúde6. A melhor alternativa continua sendo a consulta médica. Além disso, a prática de exercícios, equilibrada com uma alimentação saudável, contribui para o tratamento da enxaqueca7.
O especialista indicará os exames adequados para diagnosticar qual o tipo de enxaqueca, além dos remédios para iniciar o tratamento. Após o resultado, é necessário seguir as indicações médicas para reduzir as crises e ter menos interferências da enxaqueca na rotina.
Mas, afinal, o que causa ou desencadeia crises de enxaqueca?
Alguns estudos indicam que o surgimento dos sintomas da enxaqueca tem ligação com quadros de estresse, a ingestão de determinados alimentos, uso de remédios, sono desregulado ou até mesmo por estímulos luminosos ou olfativos8.
Existem ainda informações de que até 80% das pessoas com enxaqueca tenham familiares próximos que também convivam com a doença. Nesse sentido, o surgimento tem certa ligação com a hereditariedade9.
Os gatilhos da enxaqueca são inúmeros, mas ao identificá-los, alguns indivíduos tomam certos cuidados para conter os sintomas. Dentre eles estão:

Quais são os tipos de enxaqueca?
De acordo com a Classificação Internacional de Cefaleias, a enxaqueca possui dois subtipos principais: sem aura e com aura1. A primeira, também conhecida como enxaqueca comum, possui características específicas, como1:
- localização unilateral;
- pulsatilidade na região da cabeça e do rosto;
- intensidade moderada ou grave;
- associada à atividade física;
- desperta náuseas, fotofobia e fonofobia.
Em contrapartida, a enxaqueca com aura apresenta sintomas visuais, sensitivos e com ligação direta ao sistema nervoso central. Logo, o indivíduo sente certos incômodos1:
- visuais;
- na fala e expressão;
- capacidade motora;
- desconfortos no tronco cerebral.
Qual médico pode ajudar no diagnóstico da enxaqueca?
Em primeiro lugar, recomenda-se que os casos de enxaqueca ou suspeitas sejam encaminhados ao clínico geral. Após o atendimento, o médico pode encaminhar o paciente para um neurologista ou até mesmo para outros especialistas. Os profissionais que tratem de doenças do cérebro e na medula espinhal também podem ajustar o regime do tratamento15.
Enxaqueca pós-parto: pontos de alerta
A Classificação Internacional de Cefaleias alerta para possíveis desconfortos durante a gravidez e ou no puerpério, que têm ligação com a hipertensão. Nesses casos, a cefaleia (dor de cabeça) tem um aspecto bilateral e pulsátil1. Caso apresente os sintomas, converse com o médico.
PP-UNP-BRA-6297
Referências Bibliográficas
- Classificação Internacional das Cefaleias. 3ª Edição - 2019. Tradução Portuguesa da Sociedade Brasileira de Cefaleia com autorização da Sociedade Internacional de Cefaleia. Disponível em: https://ihs-headache.org/wp-content/uploads/2021/03/ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf . Acesso em 21 mai. 2025.
- Buse DC, Fanning KM, Reed ML, et al. Life with migraine: Effects on relationships, career, and finances from the Chronic Migraine Epidemiology and Outcomes (CaMEO) study. J Headache Pain. 2019;59(8):1286-1299.
- The Migraine Trust. Chronic migraine. Disponível em https://migrainetrust.org/understand-migraine/types-of-migraine/chronic-migraine/ . Acesso em 21 mai. 2025.
- Shimizu T, Sakai F, Miyake H, et al. Disability, quality of life, productivity impairment and employer costs of migraine in the workplace. J Headache Pain. 2021;22(1):29.
- Seng EK, Mauser ED, Marzouk M, Patel ZS, Rosen N, Buse DC. When mom has migraine: An observational study of the impact of parental migraine on adolescent children. J Headache Pain. 2019;59(2):224-234.
- Lipton, R. What to do When Migraine Treatment Fails. American Headache Society. Disponível em: https://americanheadachesociety.org/research/library/what-to-do-when-migraine-treatment-fails . Acesso em 23 mai. 2025.
- Amin FM, Aristeidou S, Baraldi C, et al. The association between migraine and physical exercise. J Headache Pain. 2018;19(1):83.
- Mayo Clinic. Migraine with aura. Disponível em https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/migraine-with-aura/symptoms-causes/syc-20352072 . Acesso em 23 mai. 2025.
- Migraine headaches. Cleveland Clinic. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/5005-migraine-headaches . Acesso em 23 mai. 2025.
- Lemmens J, De Pauw J, Van Soom T, Michiels S, Versijpt J, Van Breda E, Castien R, De Hertogh W. The effect of aerobic exercise on the number of migraine days, duration and pain intensity in migraine: a systematic literature review and meta-analysis. The journal of headache and pain. 2019 Dec;20(1):1-9
- Goadsby P. Neurology Journals. Stress and migraine. Something expected, something unexpected. Disponível em https://www.neurology.org/doi/10.1212/WNL.0000000000000349 . Acesso em 23 mai. 2025.
- Negro A, Seidel JL, Houben T, et al. Acute sleep deprivation enhances susceptibility to the migraine substrate cortical spreading depolarization. J Headache Pain. 2020;21(1):86.
- Peralta, R. Associação Portuguesa de Sono. Dormir muito ou dormir bem? Disponível em https://apsono.com/pt/noticias/noticias-do-sono/24-noticias/noticias-do-sono/387-dormir-muito-ou-dormir-bem . Acesso em 26 mai. 2025.
- Boletim - Academia Paulista de Psicologia.Stress, sintomas de ansiedade e depressão em mulheres com dor de cabeça. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2014000200008. Acesso em 22/07
- Upham B. How is migraine diagnosed. Disponível em https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/5005-migraine-headaches . Acesso em 26 mai. 2025.
PP-UNP-BRA-6297