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O que é Infecção no Sangue? 
A infecção no sangue, também denominada infecção da corrente sanguínea ou infecção primária da corrente sanguínea (IPCS), ocorre quando microrganismos – como bactérias ou fungos – entram na circulação, podendo resultar em sepse e até falência de múltiplos órgãos.1,2

Dados Estatísticos¹
Segundo o Center for Disease Control and Prevention (CDC), aproximadamente 30.100 casos de infecção no sangue associada a cateteres ocorrem anualmente nos EUA, mesmo com os avanços na prevenção de infecções. No Brasil, dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estudos indicam que a adesão às práticas recomendadas permanece baixa – por exemplo, menos de 12% das oportunidades de higienização das mãos são executadas corretamente, comprometendo o controle de infecções e a segurança do paciente.2,3

Principais Causas 
As infecções da corrente sanguínea estão frequentemente associadas à manipulação inadequada dos dispositivos intravasculares, à não adesão aos protocolos de higienee à permanência prolongada do cateter venoso.1,2 Dentre as causas comuns, destacam-se:

  • falhas na inserção estéril do cateter
  • ausência de curativo adequado
  • manipulação sem a devida higienização das mãos
  • troca tardia de componentes, fatores que influenciam o controle de infecções em ambiente hospitalar.

Prevenção
A prevenção de infecções deve iniciar antes mesmo da inserção do cateter venoso. Conforme as orientações de órgãos mundiais de controle e prevenção de doenças, a adoção de práticas baseadas em evidências – como o uso de barreiras estéreis, antissépticos apropriados e a avaliação diária da necessidade do dispositivo – é fundamental para evitar a infecção no sangue.1 No âmbito nacional, a Anvisa recomenda a implementação de protocolos de higiene e o acompanhamento contínuo da situação de saúde da população, contribuindo para o controle de infecções e para a segurança do paciente.2

 Riscos e Complicações
As complicações decorrentes das infecções da corrente sanguínea incluem:

  • Sepse, que representa risco imediato à vida e pode evoluir a partir de uma infecção da corrente sanguínea.1
  • Insuficiência de múltiplos órgãos, sobretudo em pacientes imunocomprometidos ou críticos, reforçando a gravidade da infecção no sangue.1
  • Prolongamento da internação hospitalar e aumento dos custos de tratamento, evidenciando a necessidade de um rigoroso controle de infecções.2,3
  • Aumento da mortalidade hospitalar, o que destaca a importância do tratamento de infecções precoces e eficazes.2,3

Tratamento 
O manejo da infecção no sangue envolve a retirada imediata do cateter venoso suspeito, o início precoce de antibióticos que servem para combater vários tipos de bactérias ao mesmo tempo, já que ainda não se sabe qual exatamente está causando o problema e a adequação da terapia antimicrobiana com base nos resultados das culturas sanguíneas, configurando o tratamento de infecções.1,2 Assim que descobrem qual é a bactéria, ajustam o tratamento para garantir que seja o mais eficaz possível.

Em casos graves, o suporte intensivo, com monitoramento rigoroso dos sinais vitais e intervenções para estabilizar os sistemas comprometidos, é indispensável.1

Conclusão 
A infecção no sangue é uma condição crítica, mas altamente evitável. A adoção de protocolos de controle rigorosos e treinamentos contínuos e o monitoramento sistemático dos indicadores de desempenho são essenciais para a segurança do paciente e a eficácia do tratamento de infecções, principalmente em ambientes de terapia intensiva.1-3

Referências Bibliográficas
  1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Bloodstream Infection Event (Central Line-Associated Bloodstream Infection and Non-central Line Associated Bloodstream Infection). Device-associated Module – NHSN. January 2025. [citado em: 12 jan. 2023]. Disponível em: https://www.cdc.gov/nhsn/pdfs/pscmanual/4psc_clabscurrent.pdf.
  2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Manual Nacional de Vigilância e Prevenção das Infecções da Corrente Sanguínea. Brasília: Anvisa; 2009. [citado em: 12 jan. 2023]. Disponível em: https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/infeccao-hospitalar/outros/manual_corrente_sanguinea.pdf.
  3. Jardim JM, Lacerda RA, Soares NJD, Nunes BK. Avaliação das práticas de prevenção e controle de infecção da corrente sanguínea em um hospital governamental. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(1):38-45. [citado em: 12 jan. 2023]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/Cfvp7TjvzHy9wmdXJZQ6wWc/

PP-UNP-BRA-6160 - Junho 2025.