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A gastroenterite – também conhecida como infecção intestinal – é uma condição comum que afeta o sistema digestivo, causando inflamação no estômago e nos intestinos.1,2 Essa condição pode ser desencadeada por diversos microrganismos, incluindo vírus, bactérias e parasitas.1-4 Além de ser bastante frequente em todo o mundo, a gastroenterite pode acometer pessoas de todas as idades, gerando sintomas desconfortáveis e riscos de desidratação, principalmente em crianças e idosos.2

Para entender melhor essa condição, é importante conhecer os principais fatores envolvidos na sua transmissão, bem como os sintomas e as medidas de prevenção. Dessa forma, podemos reduzir a propagação de microrganismos e adotar hábitos que preservem a saúde intestinal. A seguir, discutiremos como a infecção acontece, os diferentes tipos de gastroenterite, as formas de prevenção e o que fazer em caso de sintomas. Manter-se bem informado é fundamental para lidar de maneira segura e eficaz com qualquer sinal de infecção intestinal, evitando complicações e garantindo uma recuperação mais rápida e tranquila.

 

Como a Infecção Acontece: Entenda as Formas de Transmissão

A infecção geralmente ocorre pelo consumo de alimentos ou líquidos contaminados, além do contato com superfícies ou objetos infectados. Ao tocar essas superfícies e, em seguida, levar as mãos a boca, nariz ou olhos, o agente patogênico pode ser ingerido.1,5 O contato próximo com pessoas infectadas – por exemplo, por meio do compartilhamento de alimentos e utensílios – também facilita a disseminação.1,5

O norovírus, um dos principais causadores de surtos de gastroenterite, espalha-se rapidamente tanto pelo contato direto entre pessoas quanto pelo consumo de alimentos e bebidas contaminados, ou pelo toque em superfícies infectadas.5,6 Ambientes fechados, como residências, hospitais e creches, favorecem essa transmissão, reforçada ainda pelo contato com objetos compartilhados, como brinquedos e utensílios.5-7

Além disso, a via fecal-oral é a principal forma de disseminação dos patógenos gastrointestinais, o que destaca a importância da higiene das mãos.1,2 Historicamente, antes de 2009, a transmissão por contato direto e superfícies contaminadas não era monitorada de forma sistemática; porém, com o aumento da conscientização, o impacto dessas formas de contágio passou a ser ainda mais evidente.5

 

Os Diferentes Tipos de Infecção Intestinal ou Gastroenterite

A gastroenterite pode ser provocada por vírus, bactérias ou parasitas, cada um deles apresentando características específicas em termos de sintomas, tempo de incubação e forma de transmissão. Entender esses tipos ajuda no reconhecimento precoce dos sinais e na adoção de medidas de prevenção. A seguir, dividimos esses tipos em três grandes categorias para facilitar a compreensão.

 

Infecções Virais: Tipos e Sintomas

O norovírus é reconhecido como a principal causa de vômitos e diarreia, sendo a doença transmitida por alimentos, considerada uma das mais comuns nos Estados Unidos.6 Outros vírus – como rotavírus, adenovírus e astrovírus – também desempenham um papel importante, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.7

Os sintomas típicos de uma infecção viral incluem diarreia aquosa, vômitos, dor de cabeça, febre, dores musculares e cólicas abdominais.1,2 Os sinais geralmente aparecem entre 12 e 48 horas após a exposição ao vírus,6 com a duração dos sintomas variando de um a dez dias, dependendo do agente viral.1,6

 

Infecções Bacterianas: Variedades e Sintomas

Diversas bactérias podem causar gastroenterite, entre elas, Salmonella, Shigella, Campylobacter e Escherichia coli (E. coli).1,2,8 Nessas infecções, a diarreia pode ser aquosa ou, em alguns casos, apresentar sangue, e a febre é um sintoma comum.1,2,8 A presença de sangue nas fezes (disenteria) indica que as bactérias causaram danos à parede intestinal.1,2,8

Para além desses sintomas, é importante observar se há desidratação, que pode se manifestar por meio de fraqueza, boca seca e redução na produção de urina. Em alguns casos, a dor abdominal intensa pode indicar a necessidade de avaliação médica mais detalhada. Cada bactéria tem particularidades quanto ao período de incubação e gravidade, mas todas exigem atenção para evitar complicações.9

 

Infecções Parasitárias: Como os Parasitas Afetam o Intestino

A infecção parasitária ocorre geralmente pela ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de pessoas ou animais infectados.3,4 Os sintomas podem variar, mas frequentemente incluem diarreia e desconfortos gastrointestinais.3,4 Parasitas como Giardia, Cryptosporidium e espécies de Entamoeba também podem provocar gastroenterite.1,3,4 Quando os sintomas aparecem, podem incluir dor abdominal, inchaço e flatulência. Em populações mais vulneráveis, como crianças e idosos, o risco de complicações pode aumentar, reforçando a importância do diagnóstico correto.2

Além disso, outros parasitas – como Strongyloides, ancilostomídeos, Ascaris, Trichuris e Schistosoma – demonstram a diversidade dos agentes infecciosos que podem afetar o intestino.3,4 Vale ressaltar que infecções por Giardia podem ser assintomáticas em muitos casos.3,4 

 

Soluções e Prevenção: Dicas para Proteger Sua Saúde

A prevenção da gastroenterite baseia-se em medidas rigorosas de higiene e segurança alimentar:

  • Higiene Pessoal: Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos – especialmente após usar o banheiro e antes de manipular alimentos – é uma das medidas mais eficazes.1,2
  • Preparação dos Alimentos: Cozinhar bem os alimentos, principalmente carnes de aves e frutos do mar, ajuda a eliminar germes; essa prática é reforçada pela necessidade de cuidados com a manipulação e preparo dos alimentos.6,8
  • Qualidade da Água e Higiene dos Alimentos: Utilizar água potável para beber e preparar alimentos é fundamental. Se a qualidade da água for questionável, recomenda-se fervê-la ou utilizar métodos de desinfecção seguros. Da mesma forma, frutas e vegetais devem ser lavados cuidadosamente.6,8
  • Limpeza de Superfícies: A desinfecção regular de superfícies – especialmente após episódios de vômito ou diarreia – auxilia na prevenção da disseminação de microrganismos.1,6
  • Recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS): A OMS indica cinco chaves para a segurança alimentar: manter a limpeza, separar alimentos crus e cozidos, cozinhar os alimentos completamente, manter os alimentos em temperaturas seguras e utilizar água e matérias-primas seguras.8
  • Essas orientações, aliadas à conscientização geral da população, são fundamentais para reduzir o risco de infecção intestinal e surtos de gastroenterite em comunidades e ambientes compartilhados.

 

Tratamento: O Que Fazer e Quando Procurar Ajuda

O tratamento da gastroenterite foca na melhora dos sintomas e na prevenção de complicações, com a desidratação sendo a maior preocupação. A recomendação principal é a ingestão abundante de líquidos para repor o que foi perdido com a diarreia e os vômitos.1,9 Em casos de desidratação mais grave, pode ser necessária a internação para administração de fluidos intravenosos.1,9

As recomendações para o manejo da diarreia aguda priorizam tanto a hidratação quanto a manutenção de uma nutrição adequada.9 Além disso, é importante observar sinais de agravamento, como febre alta ou presença de sangue nas fezes, que podem indicar a necessidade de avaliação médica imediata.9 Em algumas situações, medicamentos específicos podem ser prescritos para aliviar sintomas ou combater o agente causador, porém a automedicação deve ser evitada. Manter acompanhamento profissional é crucial, especialmente para grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.9

 

Conclusão: Cuidando da Sua Saúde Intestinal com Informação

A gastroenterite é uma condição que pode ser causada por vírus, bactérias ou parasitas e transmitida principalmente por alimentos ou água contaminados e contato direto ou indireto com superfícies infectadas. Com sintomas que variam de diarreia e vômitos a dores abdominais, a prevenção – baseada em medidas rigorosas de higiene e segurança alimentar – é essencial. Na maioria dos casos, o repouso e a hidratação são suficientes para a recuperação, mas a atenção aos sinais de complicação, como desidratação grave ou febre alta, é fundamental para a busca de atendimento médico adequado.
Por isso, manter-se informado e adotar práticas de prevenção é crucial para evitar problemas mais graves. Ao perceber qualquer sinal de alerta, procure orientação profissional para garantir o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Dessa forma, é possível reduzir o risco de complicações, preservar a saúde intestinal e assegurar uma recuperação mais rápida.

Referências Bibliográficas

1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Controlling the Spread of Infections in Evacuation Centers: Disaster Recovery Fact SheetDisponível em: https://archive.cdc.gov/www_cdc_gov/disasters/disease/infectevac.html. Acesso em: 19 mar. 2025.

2. World Health Organization (WHO). Diarrhoeal disease. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/diarrhoeal-disease. Acesso em: 19 mar. 2025.

3. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). What Causes Parasitic Diseases. Disponível em: https://www.cdc.gov/parasites/causes/index.html. Acesso em: 19 mar. 2025.

4. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Intestinal Parasites – Immigrant and Refugee Health. Disponível em: https://www.cdc.gov/immigrant-refugee-health/hcp/domestic-guidance/intestinal-parasites.html. Acesso em: 19 mar. 2025.

5. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Outbreaks of Acute Gastroenteritis Transmitted by Person-to-Person Contact, Environmental Contamination, and Unknown Modes of Transmission – United States, 2009-2013. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/ss6412a1.html. Acesso em: 19 mar. 2025.

6. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). About Norovirus. Disponível em: https://www.cdc.gov/norovirus/about/index.html. Acesso em: 19 mar. 2025.

7. Pan American Health Organization (PAHO). Epidemiologic Surveillance of Diarrhoeal Diseases due to Rotavirus. Disponível em: https://www.paho.org/sites/default/files/FieldGuide_Rotavirus_1stEd_e.pdf. Acesso em: 19 mar. 2025.

8. World Health Organization (WHO). Campylobacter. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/campylobacter. Acesso em: 19 mar. 2025.

9. Brandt KG, Antunes MMC, Silva GAP. Diarreia aguda: manejo baseado em evidências. J Pediatr (Rio J). 2015;91(6 Suppl 1). Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/xBGFDFKmnhQZZJmh9LGbhRw/. Acesso em: 19 mar. 2025.

PP-UNP-BRA-6119 - Maio 2025.